sexta-feira, 2 de novembro de 2018

E se você escrevesse um livro e fosse esquecida? : Financiamento Coletivo de O Crime da Quinta Avenida - Anne Katherine Green

Financiamento coletivo tenta resgatar romance de escritora que inventou o romance policial

Autora americana esquecida pelo tempo foi a primeira a trazer elementos da ficção de mistérios repetida até hoje por livros, séries e filmes.


Imagina se você escrevesse um livro e fosse esquecida? E que as suas ideias fossem copiadas e repetidas durante 140 anos e continuassem a ser, mas a maioria das pessoas que amam os frutos da sua criação nunca nem mesmo tivesse ouvido falar no seu nome?

Infelizmente isso é algo que aconteceu com diversas mulheres ao longo da história e Anne Katherine Green foi uma delas. Seu livro de estreia, The Leavenworth Case: A Lawyer's Story, foi um bestseller na época, e considerado por alguns homens "bom demais para ter sido escrito por uma mulher".


Anne Katherine Green inventou o romance policial da maneira como o conhecemos até hoje e com as técnicas que são usadas à exaustão em livros, filmes e séries de televisão. Para citar apenas alguns elementos criados por ela: um detetive experiente que suspeita de "todos e de ninguém", um jovem apaixonado pela mulher, cuja evidência aponta como suspeita, o uso de lógica e técnicas forenses para encontrar o culpado (pedaços de cartas, testemunhas desaparecidas) e técnicas de escritas de mistério que oferecem pistas – muitas falsas – para que o caso seja investigado também pelo leitor. Além disso, Ebenezer Gryc,e se tornou o primeiro detetive serial da literatura

O estilo de escrita de Green foi tão marcante em seu primeiro romance que arrebatou fãs em diversos países. Naquela ocasião ela se tornou referência para escritores de todo o mundo, tendo entre seus fãs o britânico Arthur Conan Doyle, o pai de Sherlock Holmes, que viajou para conhecer a escritora americana. Outra fã foi ninguém mais ninguém menos que Agatha Christie, a mãe do detetive Hercule Poirot.

E no intuito de resgatar e devolver a Anne seu papel nas histórias de ficção, a jovem editora Monomito Editorial e a autora Cláudia Lemes, uma das escritoras de romances policiais mais importantes da literatura brasileira da atualidade deram início o financiamento coletivo através do Catarse.

Segundo Cláudia, o fundamental agora é trazer ao conhecimento de autores e leitores de romance policial as origens do gênero. “Se essa mulher não tivesse transgredido ainda jovem as ordens do pai e não tivesse escrito às escondidas esse livro, por seis anos, talvez o romance de investigação não tivesse chegado onde chegou com nomes fortes como Agatha Christie”.

De acordo com a publisher da Monomito Editorial, Adriana Chaves, o projeto do financiamento foi pensado para destacar os elementos típicos dos romances de investigação. A capa, por exemplo, foi desenha pelo estúdio da ProjectNine que escondeu easter eggs para proporcionar desde o princípio a experiência de mistério e investigação ao leitor. Além disso, uma das recompensas, para os primeiros colaboradores será um jogo de mistério. “A brincadeira será coordenada pela Cláudia. Os participantes serão detetives em uma narrativa policial com missão e claro gratificação”.


Sinopse:
O rico homem de negócios Horatio Leavenworth foi assassinado dentro de sua mansão com um tiro. Ele deixou uma grande fortuna e duas sobrinhas, e uma delas, Eleanore, se torna a principal suspeita ao ser revelado que ela não herdaria os bens do tio. A incumbência de descobrir o assassino e o motivo do crime recai sobre o investigador Ebenezer Gryce que usa inteligência e capacidade de dedução, acima da média, para juntar pistas e revelar segredos. Em paralelo, o jovem advogado Everett Raymond decide conduzir sua própria investigação com o intuito de provar a inocência de Eleanore, a mulher por quem se apaixonou.




A Tradução ficou por conta de Cláudia Lemes, ela é tradutora há vinte anos, intérprete, romancista e presidente da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror. Se apaixonou pela história de Green, especialmente porque como ela, tem três filhos e conhece as dificuldades de conciliar a escrita com as exigências de uma casa cheia de crianças.  Cláudia decidiu que Green precisava voltar a ter seu trabalho impresso e lido, e, entendendo que não seria tarefa simples, convidou uma de suas melhores amigas, e a editora mais competente com quem trabalhou, Adriana Chaves, para tocar o projeto com ela.  



E para que esse projeto saia do papel essas mulheres maravilhosas precisam da nossa ajuda, o financiamento do livro já está a toda prova no Catarse e você pode nos ajudar financia-la adquirindo o seu exemplar e até mesmo garantindo outros brindes. A Capanha já alcançou 50% da meta, então corre que ainda dá tempo de participar.


Acesse o link e veja como https://www.catarse.me/green

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